Claudinho Serra: Justiça determina que vereador investigado por corrupção use tornozeleira por mais seis meses
29/10/2024
Justiça justificou que o monitoramento é “imprescindível para assegurar a garantia da ordem pública”; parlamentar havia pedido para tirar a tornozeleira eletrônica. Vereador de Campo Grande, Claudinho Serra
Divulgação
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) determinou que o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), que é investigado por corrupção, utilize tornozeleira eletrônica por mais seis meses. O parlamentar havia pedido para retirar o equipamento, contudo a Justiça renovou o uso por mais 180 dias.
A determinação é assinada pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva da Vara Criminal de Sidrolândia (MS). O magistrado determinou ainda a prorrogação do uso de tornozeleira de outros cinco investigados pela Operação Tromper.
Ao analisar o pedido, o juiz Fernando Moreira alegou que a manutenção da tornozeleira eletrônica se mostra imprescindível para "assegurar a garantia da ordem pública", visto que mesmo depois da primeira fase da operação, a Polícia Federal identificou integrantes do grupo envolvidos em novos crimes.
Claudinho chegou a ser preso durante a operação, que apura o envolvimento do político em esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia, mas foi liberado em abril deste ano. com o uso de tornozeleira eletrônica. A investigação identificou o rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos, à época que o político era secretário na prefeitura da cidade.
O parlamentar atuou entre abril e dezembro de 2021 como diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp) de Campo Grande. Depois, assumiu a Secretaria Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Claudinho Serra é genro da prefeita do município, Vanda Camilo (PSDB).
Atualmente, Claudinho está afastado do cargo na Câmara de Campo Grande devido a um atestado médico apresentado no dia 17 de outubro. O documento vale por 30 dias.
O que diz a defesa do parlamentar?
Procurados pelo g1, a defesa do parlamentar informou que não concorda com a decisão e a classificou como “excessiva e desnecessária”.
“Cláudio não possui cargo público em Sidrolândia/MS e os demais servidores envolvidos foram todos exonerados. Desde a deflagração da Operação não se noticiou qualquer conduta de Cláudio que atrapalhasse o bom andamento das investigações e do processo. A medida é excessiva e desnecessária. Tomaremos as medidas cabíveis perante as Instâncias Superiores”, diz a defesa do parlamentar.
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